segunda-feira, 20 de agosto de 2007

A escolha do convento de São Francisco


Entre as várias versões que circulam sobre o critério de escolha para o prédio que iria ceder lugar para a faculdade de direito do Largo São Francisco, uma muito curiosa passa despercebida por muitos historiadores.

Entre os três conventos existentes na época (Carmos, São Bento e São Francisco), o último apesar de ser o mais humilde no visual era o que tnha maior espaço e por esse motivo teria sido escolhido. Mas, um detalhe precisa ser levado em consideração.

Nessa época os três prédios já estavam desocupados de frades. Apenas uma pessoa tomava conta em cada um deles: no do Carmo era o prior, no de São Bento pelo abade, e o de São Francisco pelo guardião. Mas, as ordens camelitanas e beneditinas são muito ricas e tinham muitos prédios urbanos, fazendas rurais e, naquele tempo, também tinham muitos escravos.

A ordem franciscana era a mais pobre e vivia de esmolas. Logo, foi esta a escolhida para ser ocupada até por ser a mais útil porque ainda repartia ntre os mendigos que ali já ficavam naquela época (como até hoje) um caldeirão de feijão todos os dias.

Diferente do que a história costuma contar, a ocupação não foi tão pacífica assim. A fama de homens humildes e submissos que sempre nos vem à mente quando pensamos nos franciscanos não valeu na ocasião. A ordem franciscana não ficou feliz em saber que o seu prédio seria ocupado e relatos da época dizem que o frei Santa Delfina, o guardião, ameaçava receber com chicote quem fosse tomar conta do convento.

Certamente o frei Delfina deixou de lado a humildade do seráfico São Francisco de Assis.

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