segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Casarões históricos

Recebi essa notícia através do grupo de discussão "Preserva São Paulo". Decidi reproduzir aqui porque quanto mais gente fizer eco sobre esse assunto, melhor.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/imoveis/ci2812200801.htm

Casas com história
Proprietários de bens tombados podem vender potencial construtivo


Casarão do INSS abandonado na rua da Consolação (centro) deve ir a leilão em 2009


CRISTIANE CAPUCHINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Pensar as maiores avenidas de São Paulo é recordar a história da cidade. Não se pode dissociar a Paulista dos barões do café, assim como a região do rio Pinheiros vem junto com a memória dos bandeirantes.
Mas esses espaços hoje são ícones do boom imobiliário e não dessa história, feita de outras, contadas por casarões nos grandes corredores da cidade.
Alguns estão abandonados e até viraram lendas urbanas, como o Castelinho da rua Apa (centro). Outros, após restauro, passarão a abrigar grandes centros comerciais -confira suas histórias na pág. 4.
Em geral, a política de proteção patrimonial de bens tombados é pouco conhecida pelas pessoas. "Muitas acham que o tombamento é uma condenação ao bem", fala José Lefèvre.
A frase do presidente do Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) indica o hábito de desvalorização de prédios antigos.
"Tem quem se orgulhe por ter um imóvel tombado, mas são poucos", diz Jorge Eduardo Rubies, presidente da associação Preserva São Paulo.
Para conservar e adaptar os bens, a prefeitura dá incentivos a proprietários, como a possibilidade de vender potencial construtivo para qualquer imóvel em região de mesmo zoneamento. Toda a área adicional que poderia ser construída no lote, mas impedida pelo tombamento, pode ser "vendida".
Outro incentivo da prefeitura é a isenção de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para donos de imóveis tombados, no centro, que conservarem as fachadas.
Mas até o diretor do Departamento do Patrimônio Histórico, Walter Pires, concorda que os estímulos "não são suficientes para manter em bom estado os imóveis tombados".

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